terça-feira, 27 de maio de 2008

Diário de Bordo


Em São Paulo. Cores. Carros. Movimentos. Depois de cinco anos (ou foram seis, ou sete...ou...) voltei a cidade que não pára. Recordei alguns outros momentos. Lembrei dos meus 18 anos deslumbrada. Passeios pelo Sesc Pompéia, pelo Itaú Cultural, Casa das Rosas, um chorinho na Praça Benedito Calixto. Dessa vez, a cidade estava diferente. A cidade? O meu olhar.


Um olhar um tanto assustado que queria impressionar. Olhar a ciceronear o companheiro. Pouca partilha, pouco retorno. Um passeio pela 25 de março. Agonia. Passa pra cá, passa pra lá. Vamos embora. Entra aqui. Sai acolá. Pára. Água! Água! Buzinas. Olha a moto!!! Cuidado. Segura a bolsa com força. Ufa! Vamos sair daqui...


Próxima parada: Galeria do Rock. Em São Paulo é curioso como as "tribos" literalmente se separam e se encontram. Olha aqui, acolá. Festa estranha com gente esquisita... eu não tô legal. Vamos ao metrô. Uma parada no guichê de informações turísticas. Pega um mapa aê! Vira, mexe. Não se entende nada. Vamos, companheiro, ao metrô. Antes, uma parada na praça para trocar uma idéia com um hippie com seus artesanatos em exposição. Mais um passeio pelo centro da cidade multicor, multitudo. Entra no metrô. Vrunnn-vrunnnn. Em casa!

A noite, um passeio pela Augusta. Cruzei a Rua Augusta a poucos quilômetros por hora, olhando para os grupos que se espalhavam pela esquina. Emos. A galera do rock. Vamos a Sarajevo. Nome sugestivo. Lugar inusitado. Banda pernambucana no palco. Monjolo. Som bacana...

Dia seguinte: cheiro de família. Cheiro de amor no ar... Pequenas criaturas imensas e extremamente amadas me agarram ao ritmo de Indiana Jones. Uhu! Vamos lá!

A balada me espera. Companheiro embarcou. Irmão e cunhada também. Companheira de festas e risadas: aí vamos nós! Uma brincadeira animada. Uma noite de estrela... Riso pra cá e pra lá. Olha, tá tocando Beatles! Vamos lá!

Domingo. Último dia de novas sensações. Parada Gay. São Paulo ferve. Enche os cantos do centro nervoso de cor, brilho e muita sensualidade. Pequenos heróis do mundo desfilam. Posicionamento político: passa longe, bem longe, animado pelos hits que pipocam no carro de som. Melhor parte: a companhia. Quem imaginaria que 30 anos depois, as gerações distintas repetem (repetem?!) estórias-borboletas. Ai que abraço gostoso... Olha aquele gatinho alí! Miauuuuu.

E lá vamos nós... encontrando nas asas motorizadas gostos distintos... Vontade de ser criança! Curiosidade que não pára nunca... E vamos construindo nossas teias! Multicoloridas...

2 comentários:

Anônimo disse...

Pensei em te perguntar, quando chegasse em casa, como foi tua viagem à Sampa!!!!Perguntar o que????Tuas respostas me chegaram agora num colorido de onda gigante!!!!

Sabrina Pestana disse...

Ah e como cruzar a Augusta a poucos quilometros por hora sendo jovem...e perceber-se lenta nos quilometros por hora...em São Paulo....um risco...uma sensibilidade maravilhosa...