domingo, 30 de novembro de 2008

Uma viagem e infinitas novas formas (ou formas novas?) de enxergar o mundo

Fui à Cuba no último dia 08 de novembro. Foram apenas oito dias. Foram intensos e gigantescos oito de dias em terras comunistas, em terras onde a revolução ecoa por todos os poros daqueles que vivem alí e daqueles que um dia por alí viveram e lutaram.

A primeira emoção foi receber o meu passaporte. A palavra por si só é tão simbólica...me faz acreditar que o meu sonho de conhecer outros povos, outras culturas, outros mundos começa a se concretizar! Pela primeira vez, o setor de Embarque Internacional do Aeroporto é porta de entrada para mim e não local de despedida de amigos e amigas.

Vamos lá! Mochila nas costas e inquietudes saltitando por todos os cantos...

Já no avião, me deparei com companheiros divertidos. Conexões: São Paulo/Panamá. Conversa vai, conversa vem, palavras cruzadas coletivas. Olha o Canal do Panamá lá embaixo, lá longe. Bem longe dos livros de Geografia da escola. O Oceano Pacífico é tão imenso...

Avião vai, avião vem e chegamos.

Coisa boa chegar em terras desconhecidas e ver um pequeno papel colorido com as letras b-r-u-n-a. Isso mesmo, para a minha alegria, Pedro Ivan - um cubano pra lá de especial - me aguardava. Com a ajuda de Pedro, cheguei bem e - vale ressaltar - não tive que pagar 30 CUC ao taxista.

Meus dias de turista começaram e as primeiras andanças foram pelas ruas do município de Marianao, onde fica o aconchegante Centro Martin Luther King, que abriu suas portas para mim durante alguns dias. Avenidas largas, casas modestas e com um charme especial, muita área verde, poucas crianças. Algumas brincam de subir nas árvores, outras de brincadeiras que desconheço... Homens galanteadores soltam cantadas divertidas.
Muitas pessoas se amontoam na porta das Tiendas que logo logo abrem suas portas e me apresentam o "shopping" cubano, com produtos artesanais e com os próprios artesãos comerciando seus trabalhos. Outra grande cola (fila) se forma um pouco mais adiante na porta do Banco Metropolitano. As filas em Cuba me chamaram a atenção. Elas não seguem a ordem geométrica padrão - em forma de linha, ou às vezes de espiral. O que se vê é um amontoado de pessoas umas do lado das outras e aí quem chega grita: "Quien és el último de la cola?". E, honestamente, o último responde e por aí vai, ganhando formas.

De Marianao peguei um carro fantástico e segui em direção à Habana. Com Pedro, caminhei um dia inteirinho. Construções imponentes, arquitetura belíssima. Uma viagem pela fábrica do Havana Club e uma prova de um run delicioso. Em cada canto, muita história e muitos mártires espalhados pelas praças. A noite não poderia ser melhor: às 20h uma bala de canhão é atirada lá do alto, de onde se pode ver toda a cidade de Havana, com todas as suas cores... A cerimônia acontece todos os dias para lembrar cubanos e turistas dos tempos da revolução. Um jantar com frutos do mar e jugo de naranja e bons sonhos...

Pernas preparadas para mais um dia de muitos passeios!

...em breve, tem mais



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