quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nas entranhas de Joana

Para acordar, Joana havia nascido. Passara todos os instantes da tua tenra vida esperando o momento do despertar. Era um despertar lento, taciturno, feito com as entranhas. Era um dedilhar das cordas do vento, que emitiam um som peculiar. Joana não era magra, não era gorda. Não era muito, não era pouco. Joana tinha um cheiro suave e uma forma engraçada de erguer as mãos para o alto. Em busca sabe-se lá do que. Tinha uma forma só sua de falar com os olhos e calar com palavras soltas que saltitavam sem lógica da sua boca macia. Joana era uma mulher serena, sedenta...

Nenhum comentário: