segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Off, mute, qualquer coisa que me tire daqui!
Assistir televisão é algo que, decididamente, irrita demais. Piorou se a tentativa é feita em um domingo à noite. Escolhe um canal: a cinderela do sertão espera o príncipe encantado (um idoso italiano com câncer de próstata) chegar montado em um cavalo branco. Clic. Mudou (será???) o canal. Entrevista com jornalistas de peso. Velha guarda do jornalismo, aqueles que são famosos por criticar, por questionar. O entrevistado da rodada: Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, empresário e diretor de programação da Rede Globo na época da Ditadura Militar. Prato cheio. Bem, acho que não. Pelo visto, o prato furou e deu lugar para uma animada conversa de comadres. Para fechar com chave de ouro, um dos "jornalistas da pesada" pedem para o câmera dar um close na placa da Bandeirantes, criada em 1900 e bolinha pelo companheiro Boni. Tsc-tsc. Desisto. Muda o canal. Indonésia. Repórter participa de um enterro tradicional. Uma cerimônia diferente das realizadas por aqui. Bem, é só que o posso partilhar. Porque foi isso que a companheira de profissão repetiu durante toda a reportagem: "gente, como é diferente, as pessoas estão cantando"; "olha, eu estou de preto porque estou indo a um enterro, mesmo que não pareça, viu?"; "tudo aqui é muito caro, o caixão custa R$ 2 mil". Pelo visto, só indo à Indonésia ou vasculhando a internet para matar a curiosidade: o que representam o canto e a dança, qual a razão em sacrificar porcos, etc. etc. Botão de off peloamordedeus! O desespero é tanto que até me contento com um mute.
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