domingo, 22 de novembro de 2009

Miguel desistiu

Miguel apareceu. Não trazia mais o mesmo sorriso. Na face uma estranha sensação de não saber. Um não saber um tanto quanto obtuso, um tanto quanto intruso. Invadiu a minha terna vontade de controlar. Controlar o tempo, os momentos. O meu devaneio de sempre acreditar que passa, tudo passa, as vidas se renovam. Não. Mentira. Foi o que Miguel me disse. Sem palavras, apenas com um olhar distante e profundo.

Não queríamos mais medir a força dos nossos sentimentos. Não fazia sentido. A vontade naquele momento era fechar os olhos, imaginar uma louça em que o giz é facilmente apagado. Basta um toque e o que estava ali já não existe mais. Sem memórias, sem desgastes, sem rancor.

Mas, a vida, menina, não é uma louça de giz.

Um comentário:

Giulia Pegna disse...

A vida menina, é o que fazemos dela.. É o que queremos dela... É quando ela nào nos obedece, é hora de repensá-la.... E repensar a vida é tão dolorido...mas é tão gratificante descobrir que temos a coragem!!!!!!
Te amo!