
Naquele momento, fazer sentido já não fazia sentido. Uma cor cinza atordoou os pensamentos dela. A pequenina andante queria parar. Olhava para um lado: angústias. Olhava para o outro: medo da solidão. Queria dominar o seu medo. Tinha medo. Queria dominar o desejo de devorar o mundo. Tinha fome.
Naquele momento o único sentido era o cheiro de maresia que batia na janela. E pedia autorização para se instalar em seus poros. Para penetrar o seu corpo cansado. A menina andante parara de andar. Agora queria que os caminhos simplesmente aparecessem e a levasse, sem pressa. Mas, era impossível, tinha sono...
O sono que tinha acariciava os seus cabelos ralos e a lembrava de que viver era preciso. A única alternativa que tinha era viver. E, agora, sozinha. Sozinha num espaço oco de movimentos loucos, de centenas de corpos, cheiros, pedaços e desmonoramentos. A chuva derrubava as casas, e as cascas do seu coração brotavam novamente.
A menina queria dormir...
No jantar: um pouco de paz.
Um comentário:
O que a menina andante não sbe, é que nas suas andanças plantou tantas sementinhas, que nunca estará sozinha, e nunca deixrá de ser andante, porque essa é sua vontade, essa é sua essencia...
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