Acho tão interessante esse momento de "virada do ano". É, para mim, uma das datas mais mágicas do calendário. Uma das poucas que ainda não foi totalmente dominada pelo consumismo desenfreado que desbota a beleza dos instantes e enche de cifras o que era para ser apenas passagem e fruição. No Ano Novo, o mundo inteirinho vibra em uma sintonia semelhante. É uma verdadeira onda de desejos, agradecimentos, envio de energias para que no dia seguinte, no primeiro dia do próximo ano, tudo seja melhor, mais bonito, mais feliz. Os corações mais amargurados, as mentes mais maliciosas pensam no bem. Mesmo que lá no inconsciente. É essa vibração que dá um novo sentido ao mundo. Que dá vontade de recomeçar...
O dia 31 de dezembro é uma pausa. Uma silenciosa pausa no decolar das obrigações, no esmiuçar das rotinas, no entristecer das almas. É uma pausa que pede reflexão, que exige serenidade. É uma pausa pela qual esperamos ansiosamente durante 364 dias. Cada um, lida com essa pausa de forma diferente. Que bom! Há quem inicie a manhã do dia 31 rodeado de latas de cerveja e fique com elas até o anoitecer do dia primeiro. Há quem fuja, quem se esconda de tudo e de todos e vibre bem baixinho, em um canto qualquer onde haja proteção. Há quem apenas sorria...
Eu. Eu pulo as sete ondinhas e me deixo banhar pela energia da mãe-terra, da mãe-água, da mãe-mundo. Não faço planos. Não faço pedidos. Pauso a mente e ativo os botões mais remotos do meu coração.
E agradeço por mais um ano novo, de novo.
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