domingo, 9 de setembro de 2012

Estava lá, adormecida nas pontas dos teus dedos.
A vida inteirinha.
Lá, adormecida.
Esperando o momento de ser acaricidada.
Espreitando o chamado que viria sacolejar os dedinhos ouriçados
Que, então, poderiam começar uma dança
De movimentos alados
Serenos
Inteiros
De dedos.
De tempo
De amor.

Um balé inquieto e forte
De escolhas e certezas.
De coragem e belezas.

Estava lá, borboleta-adormecida
Na ponta dos dedos.
Eles, tão decididos
Eles, tão doces
Eles, tão severos
Eles, tão partidos
Eles, tão roídos
Eles, tão esquecidos
Eles, tão dispostos.


Estava lá, borboleta adormecida...

Nenhum comentário: