Primeiro foram os olhares que se cruzaram com doçura. Menina e mulher. Ambas, com olhos cor de jabuticaba. Depois, foram os sorrisos. Tímidos e certeiros. O passo seguinte foi tomado pela menina. Com voz baixa e suave, pediu à avó para sentar-se ao meu lado no banco do ônibus. Perninhas suspensas. Cabelos bem penteados. Lancheira cor de rosa no colo e um sorriso de cores intraduzíveis.
- Isabela. Soltou de sopetão.
A olhei encantada.
- Meu nome. Meu nome é Isabela. Completou calmamente.
- Prazer, Isabela. Eu sou Bruna.
Fez-se silêncio. O silêncio necessário para digerir os primeiros contatos e apanhar fôlego para continuar o adentrar pelo desconhecido.
- Bruna, você tem filhos? Perguntou a pequena de olhos vivos.
- Ainda não, Isabela. - Respondi - E você, tem irmãos? Perguntei.
- Sim. Uma irmãzinha. Júlia. O nome dela é Júlia. É bem pequenininha ainda. Um bebê!
- Júlia. Que nome bonito. É o nome da minha mãe.
Sorrimos. Respiramos e descemos do ônibus. A caminho do parque. Cada uma na sua travessia de cores, olhares, tempos e sentidos. Eu, sozinha. Isabela, acompanhada da avó, uma senhora elegante e moderna de cabelos curtos, roupas coloridas e olhar vibrante.
Atravessamos...
3 comentários:
Lindo seus textos, Bruninha...
Lau
Irmazita, seus encontros são sempre tão belos e profundos que enxergamos evidente a Graça Divina!!!!
Vocês me deixam tão feliz com comentários tão doces!!
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